Tenho recebido alguns pedidos para aulas de pintura. Assim, aproveito agora para
comentar sobre o uso da fotografia como referencia. Há muita discussão sobre esse assunto. Eu não vejo muitos problemas em usar fotografias como referencia para pintura. Para mim o importante é o resultado final. Às vezes uso várias fotos para compor um quadro. É bom lembrar que apesar de usarmos referencia fotográfica, no momento da pintura nós somos
pintores, não somos fotógrafos. É importante que o artista faça pinturas do natural, para aprender a compor, observar, sentir e aprender representar a atmosfera, aprender o que simplificar e eliminar ou aumentar. Hoje em dia, uma boa referencia fotográfica é essencial. Invista em uma boa câmera fotográfica. Eu costumo fazer boas ampliações para servir de referencia. Eu possuo centenas de fotos, de cavalos, gado, campo e arvores. Acima está a foto que baseamos para fazer este trabalho, que terá cinco imagens. Sob minha orientação, esta pintura foi feita em meu atelier, pelo jovem promissor pintor, Pedro Henrique Bragança.
Minha pintura do Rego dos Carrapatos. Esta pintura era a imagem, que mais ou menos tinhamos anos atrás, do Rego do Carrapatos no mesmo trecho da foto anterior.
Uma manhã pitoresca no Rego dos Carrapatos
Pintor Rui de Paula
Pintora Edinéia Márcia Rigueira
Da esquerda para direita - Paco de Assis - da Cia Arte e Cultura
Note que não houve preocupação em reproduzir fielmente o tema. Quando eu estou diante de um assunto e o considero pitoresco procuro não notar detalhes até que pego bloco para desenho para esboçar ou tela para iniciar uma pintura. Penso que devemos comportar desta maneira ao pintar, não preocuparmos com detalhes. O detalhe está em todo lugar. Devemos permanecer em nossa concepção. A concepção não inclui um inventário. Os detalhes estão espalhados, nos iremos escolher entre eles. Lembre-se a câmera fotográfica não seleciona, nunca soma ou subtrai. Nas minhas pinturas eu procuro permanecer na concepção, mostrar o senso do lugar. Se for para fazer uma fotocopia não precisamos pintar. Note que nesta pintura acrescentamos alguns elementos, alteramos sombras, luzes etc. Interessante que o observador não percebe que o pintor em momento algum não copiou a natureza. A pintura tem que ser uma interpretação e se possível ir alem do assunto observado
Tenho recebido alguns pedidos para aulas de pintura. Assim, aproveito agora para
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Na ultima etapa procuro grifar alguns escuros exploro onde a luz tem maior brilho e acrescento alguns toques de cores que possam alegrar e refrescar a pintura.
Depois de lançado o todo, sem muitos detalhes, prossigo definindo algumas formas que eu acho importante e outras ficam somente na indicação. 
Às vezes inicio a pintura com pinceladas um tanto abstratas totalmente na emoção, procurando não perder o desenho, definindo desde o principio as luzes e as sombras.
A partir de agora estaremos iniciando o desenvolvimento de demonstrações das minhas pinturas de forma mais dinâmica, onde discutiremos experiências, técnicas, materiais, detalhes e dicas, exclusivamente sobre o tema Paisagem com técnica a óleo.
